quarta-feira, 28 de maio de 2008

Desperdício, será?

Segundo Wianey Carlet (WC, não por acaso): ZH 28/05/08


"Desperdício


Cada clube brasileiro, entre os 20 que disputam o Brasileirão, tem direito a gastar na TV aberta e/ou fechada R$ 166 mil mensais em publicidade. A dupla Gre-Nal, logicamente, entre eles. Nestes espaços poderiam ser feitas campanhas de sócios, venda de pay-per-view, que a partir do próximo ano será fidelizada, promoções, ofertas de produtos dos clubes etc. Incrivelmente, os clubes não usam este dinheiro que se perde a cada fim de mês. Será que os departamentos de marketing de Inter e Grêmio teriam explicação para tal desperdício?"

Bueno, não vou aqui me estender porque não sei se os clubes realmente tem esse direito, mas é bem provável que tenham.

Partindo do princípio que tenha direito a partir do contrato de televisionamento, é bem provável também que possa acumular isso prá usar tudo em um mês, afinal, segundo o site portalimprensa.com, o custo de uma inserção de 30 segundos no globoesporte(nacional) custa R$ 83 mil, ou seja, duas inserções e se vão os pilas que o clube tem direito.

Como todos vimos, em setembro do ano passado, foi veículado em rede nacional o filme publicitário "Cada vez Mais, Cada vez Maior"

Essa publicidade do Inter durou mais ou menos uma semana, passando em rede nacional algumas vezes, e acho que pro estado um pouco mais. É muito provável que tenha sido utilizado destes recursos para cobrir este investimento.

Vamos supor que foram veículadas 10 vezes em rede nacional nos horários do globo esporte(80mil)/RBS Noticias (120 mil, programa local, mas propaganda em rede), e mais 10 vezes só para o estado(horário intermediário, à 10 mil.

5 x 80 mil = 400 mil
5 x 120 mil = 600 mil
10 x 10 mil = 100 mil

1,1 milhão de reais

Calculando por baixo, gastamos pelo menos a metade, e acredito que usando esses recursos.
Se ele está certo e não usamos, desembolsamos isso, é um grande problema.
Mas dúvido que o clube com um "vale-propaganda" faria isso.

Abraços, e até mais



segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ainda sobre o balanço...

Bueno pessoal, o Lucas Rizzoto do site http://www.scinterativo.net/ refez os gráficos e imagens numa qualidade incrível, vale a pena conferir
http://www.scinterativo.net/#app=e10&9748-selectedIndex=7&ed7c-selectedIndex=8&948a-selectedIndex=0

Valeu Lucas
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Algumas questões levantadas no orkut

Como que caiu 15 milhões de receita de TV de 2006 pra 2007? só pelo fiasco na Libertadores (mesmo sem contar um possível mundial, é claro)?

Nas receitas de tv de 2006 estão inclusos os prêmios da libertadores e mundial, por isso a queda.
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"Tem Grana mas vai vender o Alex"

Infelizmente é a realidade no futebol brasileiro, tanto que a venda de jogadores é contabilizada como Receita Operacional, diferente do que ocorre na Europa, onde é contabilizada como Receita Não Operacional. O que muda? O futebol brasileiro considera vender jogadores como algo que faz parte da operação do futebol, algo que é necessário prá manter, o que não deixa de ser uma verdade analisando o futebol brasileiro, mas é uma aberração do ponto de vista contábil. É como se uma indústria precisa-se vender uma máquina que está produzindo para poder sobreviver. É triste, mas é a realidade.

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provisões se somam nas dividas ????

Provisões não são dividas constituídas, mas são como o próprio nome do grupo já diz, são obrigações provisionadas, estimativas de novas obrigações.

Tem o mesmo tratamento contábil na hora da análise.

tem provisão de curto e longo prazo, com um tipo de credor ou outro.
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Considerando a Receita Bruta, entre o balanço de 12 clubes que eu já tenho, foi o São Paulo.

Os critérios da contabilidade para os clubes vem mudando de uns tempos prá cá, e os clubes estão se adaptando, o do Inter e do São Paulo estão bem semelhantes de critério, mas para saber a receita liquida do São Paulo eu precisaria um pouco mais de tempo.

Uma das próximas postagens do meu blog é exatamente sobre isso, comparação entre os clubes.

São Paulo teve uma Arrecadação bruta de 176,5 milhões, e o Inter foi o segundo com 152,9 milhões entre esses doze clubes.

Dos grandes, somente Botafogo e Vasco não estão, portanto, essas são realmente as duas maiores receitas do Brasil.

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isso me soa como:

"temos um ótimo site"

"temos um ônibus deslumbrante"

O Time do Inter tem problemas? tem
Faltam dois Laterais? faltam
O Inter tem um grupo forte? tem
Abel viaja as vezes? Viaja

Eu fiz foi uma análise da situação financeira e economica do Inter, não do time.
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Por enquanto é isso

Até mais

sábado, 24 de maio de 2008

Balanços, Planilhas e Gráficos para Download

No meu post anterior, coloquei a disposição uma analise sobre o balanço colorado.

Como as imagens ficaram com uma resolução baixa, e pode prejudicar a vizualição, estou colocando a disposição de vocês as imagens em melhor resolução.

1ª opção de download
http://rapidshare.com/files/117287956/balan_o_inter.rar.html

clique em free começará uma contagem, abrirá uma imagem com algarismos, digite na caixa de texto os mesmos algarismos que tem "gatos" ao fundo, clique em download e pronto

2ª opção de download
http://w16.easy-share.com/1700451556.html
no meio da página tem uma contagem, depois da contagem abrirá algarismos, digite os algarismos e mande brasa.

3ª opção de download
http://www.megaupload.com/?d=O4KPD230
bem em cima vai ter três algarismos, digite e vai começar uma contagem logo abaixo, terminada a contagem, clique em download e pronto


Lembrando que o balanço 2007 está no site.

Até mais!

Finanças, Inter cada vez maior

Além da nossa paixão, da vibração nas arquibancadas, de gols, do esporte dentro das quatro linhas, há muito tempo o futebol é um negócio. O equilíbrio financeiro, a gestão responsável dos dirigentes, a profissionalização das ações da administração, o planejamento de curto, médio e longo prazo, precisam estar presentes no dia-dia dentro dos clubes. Confesso que até aqui, nenhuma novidade pra vocês.

Durante anos o futebol brasileiro, e principalmente nós torcedores, fomos vitimas de péssimas administrações de nossos clubes, e do futebol como negócio. Estádios caindo ao pedaços, dirigentes pouco preparados, alguns(talvez muitos) corruptos, verdadeiros chupins da nossa paixão.

E no Inter não era diferente. Não digo que todos os dirigentes que passaram no nosso colorado, entre o inicio da década de 80 e o inicio deste século, estavam preparados, ou não tinha boas intenções, mas a situação foi ficando a cada dia mais incontrolável, e não era necessário apenas boa vontade. Era necessário muito trabalho, com doses certas de arrojo e conservadorismo. Um pouquinho de cada pra não ficar nem doce que ficasse melado, nem salgado demais pra não acabar com a cerveja do bolicho. Não vou aqui dizer também, que está tudo ótimo, e que Miranda (01), Carvalho (02-06) e Piffero (07) estavam super-preparados quando iniciaram seus mandatos, não que eu não acredite na competência deles, que ficou provada pelos desempenhos dentro e fora de campo, mas elogio demasiado, nem eles devem querer, afinal, ainda tem muito trabalho a se fazer. O mais importante é ver que estamos no caminho certo.

O Inter recentemente publicou seu balanço no site, algo normal na Europa, que há alguns anos outros clubes brasileiros já iniciaram, com pouca força, e que fomos pioneiros no estado. A ampla divulgação do balanço é algo essencial para não revivermos os terríveis tempos em que os dirigentes deixaram o futebol brasileiro se deteriorar, e os últimos cartolas procuravam botar a culpa na Lei Pelé.

Com base nos balanços de 2004 até 2007, fiz um trabalho informal, uma analise da situação e da evolução das finanças do Inter nesse período, sem a pretensão de ser o senhor da verdade, e aberto para receber as críticas devidas se necessário, procurando ser o mais preciso, imparcial e claro possível.

A Tabela de Padronização dos Balanços abaixo, vai servir de subsídio para vocês acompanharem os próximos parágrafos.



O Ativo Total, que representa todos os bens e direitos que o clube tinha no encerramento de cada ano(Dinheiro em Caixa/Banco, Contas à Receber, Jogadores, Estádio...) cresceu 34% nesses quatro anos, saltando de 122,7 mil, para 164,7 mil.

Destaque para a conta atletas, que praticamente triplicou nesse período. Na conta Atletas, estão registrados os valores de quanto custou ao Inter, os atletas formados, e que estão sendo formados. Exemplificando: não importa se o Inter vai ganhar 20 milhões pelo Sidnei, se pra formá-lo na base custou 300 mil reais, 300 mil reais estarão na conta Atletas. Quando vender o jogador, a diferença do valor pago pela liberação e o custo serão lançados como receita do clube.

Outro grande destaque, é o crescimento das contas do Ativo Circulante, principalmente motivada pela venda de jogadores, e do crescimento do quadro social. No ativo circulante, vão todos os direitos que o clube tem que podem ser transformados em dinheiro (e o próprio dinheiro) em curto prazo.

O Ativo entre 2004 e 2007, sofreu uma alteração bem interessante. Enquanto em 2004, R$ 102 milhões do ativo, o que representava mais de 80% do ativo estava no imobilizado (Estádios, estrutura, móveis, maquinas..), em 2007, eles atingiram R$ 109 milhões, e representam 67 % do ativo total, o que siginifica que o Inter tem menos recursos parados.










Passando para o Passivo, dá para notar que as dividas totais aumentaram de R$ 108 milhões em 2004, para R$ 147 milhões em 2007. Se descontarmos as dividas com o governo, podemos ver que a alteração foi de R$ 23,7 milhões em 2004 para 41,7 milhões em 2007. Se considerarmos apenas as obrigações de curto prazo, teremos o seguinte cenário: R$ 29 milhões em 2004 e R$ 39 milhões em 2007.

Composição da dívida do Inter CP(Curto Prazo) e LP (Longo Prazo):






A composição das dividas mudou pouca coisa, e basicamente o que era dívida com o fisco, e que diminuiu na proporção das dividas totais, tornaram-se outros tipos de divida, como por exemplo obrigação a pagar a jogadores e a clubes por cessão de direitos de jogadores.

Depois de dois anos de queda do Patrimônio Social Liquido, 2007 recupera um pouco do seu PL. Patrimônio Social Liquido é a diferença de tudo que o Inter tem de bens e direito, e tudo que o Inter tem de obrigações e dividas a pagar. Em 2004 representava 12% do Ativo Total, e em 2007 representava 11%. Outra boa definição do Patrimônio Social Líquido, é que ele representa o que efetivamente é do Inter.

LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO

A Liquidez Corrente, é a relação entre tudo que o clube tem a pagar de curto prazo, com tudo que o Inter tem de dinheiro e valores a receber de curto Prazo (AC/PC). Em 2004, para cada R$ 1,00 que tínhamos para pagar a curto prazo, tinha R$ 0,31 para cobertura no mesmo prazo. Em 2007, para cada R$ 1,00 que tínhamos para pagar a curto prazo, tinha R$ 0,61 para cobertura. Estamos no caminho do índice que se considera ideal que é de 1 por 1. Para os padrões de clube de futebol, estamos bem acima da maioria.


A Liquidez Geral, é a relação entre tudo que o clube deve, com tudo que tem em dinheiro, ou em direito a receber. (ARLP + AC / PELP + PC). Em 2004 a relação era de R$ 1,00 de divida, para R$ 0,09 de Ativo Realizável. Em 2007 a relação foi de R$ 1,00 de dívida, para R$ 0,17 Ativo Realizável.

O Endividamento Total, é a relação entre tudo que o Inter deve, com o Patrimônio Social Liquido. Este Índice passou de 739% para 820%.

O Endividamento Corrente, é a relação entre tudo que o Inter deve de curto prazo, com o Patrimônio Social Liquido. Este índice Passou de 201% para 219%.

Antes de vocês se apavorarem com esse índice de endividamento cabe salientar duas coisas. O Inter tem déficits acumulados de 32 milhões que vem sendo amortizados pelos superávits apresentados neste período. Outro aspecto a salientar é que se descontarmos os valores que serão pagos a longo prazo com a Timemania, nosso endividamento total em 2007 é de 245%, e o nosso endividamento líquido é de 216%. Ainda está apavorado? O Patrimônio Liquido do Inter é muito pequeno pelos motivo que apresentei nos primeiros parágrafos, anos e anos de péssimas administrações.

Passamos agora para o resultado dos exercícios.



Houve uma série de mudanças de critérios do balanço de 2004 para o de 2007. Mas a partir da Receita Operacional Líquida, é a mesma coisa. O que mudou foi a contabilização das negociações de atletas, mas não vai interferir nesta análise.

A Receita Operacional Liquida, foi de 62 milhões em 2004, e 118 milhões em 2007, um acréscimo de 91%.

Nas receitas merecem grande destaque: o crescimento da receita social, que saltou de 4 milhões para 20 milhões, um crescimento de 378%. As receitas royalties, que cresceram 285%.
O saldo nas negociações com atletas, foi de 35 milhões em 2004, e de 63 milhões em 2007. Um acréscimo de 80%.

Outra informação interessante é o Giro do Ativo. Significa quanto o clube conseguiu de receita usando sua estrutura(ROL/AT). Em 2004 o Inter conseguiu fazer sua estrutura dar um giro de 0,55 e em 2007 de 0,72. Para quem conhece o Giro de Empresa, vai achar pouco, mas para um clube, que tem um grau de imobilização enorme, é um bom número.

Agrupei as deduções da receita com suas contas subordinadas, e a Receita Operacional Liquida ficou assim composta em 2004 e em 2007:




As despesas totais no período também aumentaram, saindo de 46 milhões em 2004, para 99 milhões em 2007, um crescimento de 215%.

Se considerarmos somente os custos do futebol(Custos Operacionais), saímos de 29 milhões em 2004 para 66 milhões em 2007, um crescimento de 227%

As despesas eram assim compostas:

Como podemos ver, não houveram grandes modificações na composição das despesas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Gostaria de salientar antes de mais nada, que essa é uma analise informal e feita por um estudante de contábeis e essas considerações finais não significam um parecer.

O Clube está ganhando liquidez no período. O grau de imobilização está diminuindo, o que torna o clube mais capitalizado. As receitas de royalties e do quadro social estão sendo melhor exploradas em 2007 do que em 2004. A timemania aliviou um pouco, dando um melhor prazo para pagamento, mas ainda é necessária atenção quanto a dívida. Todos esses aspectos somados, entre outros que poderia citar, darão um maior poder de barganha nas negociações de contratos de patrocínio, venda de jogadores, entre outros.

Não estamos numa situação perfeita, mas estamos no caminho certo. Espero que gostem da minha análise e que comentem.

INTER, Cada vez mais, cada vez MAIOR

PS. balanço 2007 para download: http://www.internacional.com.br/pagina.php?modulo=2&setor=18&codigo=6835

PS2

Como as imagens ficaram com uma resolução baixa, e pode prejudicar a vizualição, estou colocando a disposição de vocês as imagens em melhor resolução.

1ª opção de downloadhttp://rapidshare.com/files/117287956/balan_o_inter.rar.htmlclique em free começará uma contagem, abrirá uma imagem com algarismos, digite na caixa de texto os mesmos algarismos que tem "gatos" ao fundo, clique em download e pronto

2ª opção de downloadhttp://w16.easy-share.com/1700451556.htmlno meio da página tem uma contagem, depois da contagem abrirá algarismos, digite os algarismos e mande brasa.

3ª opção de downloadhttp://www.megaupload.com/?d=O4KPD230bem em cima vai ter três algarismos, digite e vai começar uma contagem logo abaixo, terminada a contagem, clique em download e pronto

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Aquele misto de grama, cal, bola e terra e a explosão

Apesar de serem tempos difíceis, a esperança e o orgulho colorado estavam lá em cima. No coração dos colorados, havia uma esperança que aquele era o fim da linha do ciclo que nos assombrou por mais uma década. Foi praticamente um oásis em um deserto de duas décadas.

Já tinha ido a diversos jogos do Inter, principalmente levado pelo meu pai. Mas sempre em jogos de menor público. O primeiro jogo no Beira-Rio que eu tenho na lembrança, foi um Inter X Glória de Vacaria em 86 ou 87, e remontando nas minhas recordações, não devia ter mais de 5 mil pessoas no estádio, tanto que meu pai ia até a copa comprar mais uma Brahminha, e um guaraná e me deixava na arquibancada. Meu pai nunca foi, pelo menos na minha lembrança, de ir a jogos com grande público.

Completei 11 anos de idade em 92, e meu pai me levou a poucos jogos depois disso, mas meu irmão começou a me levar em alguns. Minha mãe, Dona Mariza, sempre ficava preocupada de deixar seu caçula nas mãos do irmão, Benjamin, seis anos mais velho, acredito até que fui enganado algumas vezes, com os dribles da Dona Mariza, fazendo tabela com o Benjamin, pois por mim, iria a todos os jogos e sei como é difícil deixar um piá cuidando de um pirralho.

Mas naquele dia a Dona Mariza me liberou, acredito que até sem pensar duas vezes, pois ela sabia que aquele era um dia mágico. O Benja e eu pegamos o Itu-Coinma em direção ao centro, passamos no colégio Irmão Pedro, onde os amigos dele nos esperavam, já preparados (alguns se preparando entre um gole e outro de cachaça) para o jogo.

Em campo um bom time: Fernandez, Célio Lino, Célio Silva, Pinga e Daniel Franco; Ricardo, Élson e Marquinhos; Maurício, Gérson e Caíco. Não era nem um time espetacular, não tinha nenhum grande destaque individual, mas era um grande conjunto. O futebol daquele tempo ainda permitia um 4-3-3, e o 4-3-3 do Inter funcionava muito bem. Naquele jogo, a bola teimou em não entrar. Não lembro quantas chances tivemos, mas estávamos boa parte do tempo no ataque, e sofremos alguns contra-ataques. Time e torcida não desistiam.

40 minutos do segundo tempo. Começaram os 3 minutos mais demorados e tensos da minha história colorada. Começamos a assistir o jogo mais ou menos no 10º degrau da arquibancada, naquela hora já estávamos na mureta que divide a arquibancada da saudosa coréia. Estávamos mais ou menos onde hoje fica a 12. Na área do outro lado do campo, Pinga acabava de cavar aquele pênalti. Uma grande explosão do gigante, seguida de um dos maiores silêncios que o Beira-Rio já teve. As preces de todas as crenças, até dos ateus estavam valendo naquela hora. Eu e meu irmão ficamos ajoelhados junto a mureta, eu quase não conseguindo assistir por três motivos: meu problema de visão, a distância e a mureta. Mas não importava, o importante era a corrente positiva, a prece que eu fazia, e o Inter sair campeão daquele jogo.
Célio Silva parte para a bola, bate, e um misto de grama, cal, bola e terra levantam uma poeira. Nos milésimos de segundo em que a bola é tocada pelo pé de Célio Silva e toca a rede, confesso que não vi nada. O Gigante explode, vibra. E vejo o gol pela explosão, explodindo em emoção juntamente com cada colorado que lá estava, que assistia ou simplesmente ouvia aquele jogo. As lágrimas, a alegria, a comemoração daquele gol, pode não ser o momento mais importante do Inter que vivi, mas foi certamente o momento mais emocionante que presenciei.
Até a próxima.
INTER, Cada vez mais, cada vez MAIOR
AGORA É BRASILEIRÃO, AGORA É GUERRA!

Sejam Bem Vindos ao Cada Vez Maior

Decidi criar este espaço para expressar a minha opinião sobre diversos assuntos relacionados ao Inter, contar histórias, falar sobre futebol em geral, finanças dos clubes em geral e mais alguns assuntos que eu julgue interessante e que tenha boa resposta de vocês que são a razão de eu estar escrevendo.